sábado, 14 de janeiro de 2012

LÍNGUA SALGADA

LÍNGUA SALGADA

Falas como um vulcão
Vomitando lavas incandescentes
Em deleitosa delituosa erupção
Língua devastando desairosa
Vidas alheias em termos indecentes
Voz estridente e venenosa
Enlameando despudorada inocentes
Cortando qual lâmina insidiosa
Encharcada no fel dos maledicentes

Retorna às sarças, vil serpente
Rasteja entre ervas, pedra limbosa
Procura do regato a nascente
Lava essa língua salgada lodosa
Que passa devassa destruindo inclemente
Cantando dissonante lira maldosa
Espalhas da discórdia a vil semente
Parva pérfida pobre imprudente
Seca sua peçonha ao sol, ó insolente!

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