domingo, 11 de março de 2012

O PRIMEIRO BEIJO

O PRIMEIRO BEIJO
O primeiro beijo é como a flor
Respingada do orvalho da manhã
É a dança do colibri ao calor
Celebrando a natureza, nobre  artesã

O primeiro beijo faz desfalecer
A púbere sonhadora apaixonada
Trêmula, outros lábios receber
Língua doce úmida morna e cálida

O tempo inexorável e pérfido
Até  sutis sensações transforma
Pois do primeiro beijo emocionado

Do que era quimera, nada resta
É somente um sôfrego rápido encontro
 De bocas e línguas,  tresloucada festa




Reflexões sobre o primeiro beijo

Meu poema soa “démodé”. Estamos em outra era em que as pessoas saem beijando nas baladas, sem compromissos, sem desdobramentos eróticos, e até disputam quantas bocas beijaram, sem saber nem o nome das pessoas.
Que pena que seja assim! Estamos perdendo as sensações mais sutis que um ser humano pode sentir. Coração aos saltos, suave tremor, perna bamba, cabeça na lua...
É a banalização do beijo, não há mais sentido em “primeiro beijo”. Antigamente, significava que as pessoas estavam em vias de “amar”.
Beijo de amor? Acredito sim que existam muitas pessoas venturosas que amam e desejam o “outro”, vicenciando uma história de amor que pode resultar em uma união estável. Então, sim, pode acontecer aquele beijo impactante de tremer as bases.
Os filmes ilustram os grandes beijos de amor como o de “O vento levou”;  Romeu e Julieta, de Copolla etc., porém o que mais vemos são beijos mirabolantes, parte do jogo que termina no leito. Nada contra, mas pode ser que os nossos jovens não tenham outra referência , ou que, nem imaginem a essência de um primeiro beijo.
 Que pena!

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