quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

DOR


                DOR

Égua xucra cavalga em praia deserta
Relincha numa noite de lua cheia
As bastas crinas sacode esperta
Bate com força as patas na areia
Desafia destemida as ondas do mar
 Estaca a infinda corrida para coçar
O belo dorso em uma palmeira

Empina tentando morder estrelas
De Possidon olvida as gargalhadas
Para delírio das  muitas sereias
E susto das doces suaves ondinas
Corre a égua em nuvens de areia
 Sem rumo sem tino sem nada
 Só o desesperado amargo agora

   Preta Fá


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